Daí que resolvi ler "O amor nos tempos do cólera" do Garcia Marques porque dá pra assistir o filme depois e comparar com a história, sem contar que é uma boa desculpa pra ver um filme com o Gael Garcia Bernal (gatíssimo, lembrei agora que a dona Natti, amiga internacional, o viu o festival do Terra e estava mucho loka pra pedir autógrafo, isso que é classe!) Anyway, o livro é muito bom! É sobre uma história de amor que não dá certo! Eles se apaixonam quando jovens,uma coisa platonica, atraves de cartas, ainda nao cheguei na parte que eles se beijam, na verdade acho q não tem essa parte,anyway nao ficam juntos, a mocinha casa com outro, um médico master blaster e o cara continua lá naquela vassalagem amorosa, respeitando todos os padroes de bons costumes e boa moral ele volta a se declarar uns 50 anos depois quando a mocinha, já nao tão jovem, fica viúva. Mas sabe que, esta história me fez lembrar uma historinha minha dos primórdios da adolescendia? Acordei hoje com vontade de contar:
Eu tinha quase 15 anos e estava no primeiro ano do colégio, ouvi dizer que tinha gente nova no meu prédio mas nao liguei muito, nao me identificava muito com a galera do prédio, salvo raríssimas exceções, mas era simpática com todo mundo,porque minha mae me ensinou assim! Estava eu sentada nas escadas do prédio lendo, como eu sempre fazia todos os dias quando chegava da escola. Eu me lembro até do que estava lendo, eu lia um livro de contos do Machado de Assis, o conto especifico era sobre um médico que parecia ser muito bacanoso, mas na verdade ele era sádico e torturava animais, eu estava lendo bem a parte em que ele corta as patas de um rato e queima as perninhas da pobre criatura na vela, levantei os olhos pra ver se tirava aquela imagem da minha cabeça e eis que estava subindo a escada um belo mancebo usando um all star preto, fiquei encarando o muleke sem perceber, até que ele, educado como sempre foi, disse "Oi!", e eu prfoundamente respondi "oi!'.
De repente resolvi me interessar pela galera do meu predio e descia todas as noites pra fazer uma social com o povo, e ele estava no meio, tínhamos muitas coisas em comum, ele lia as mesmas coisas que eu, tocava guitarra e ouvia as mesmas coisas que eu. Me apaixonei rapidinho. Ele era mineiro e estava morando com o tio dele em SP por uns tempos, trabalhava num restaurante e estudava a noite na escola lá do bairro.
Meses e meses se passaram e era mais do que óbvio pra todo mundo, menos pra mim, que nos gostávamos. No final do ano, fiquei sabendo que ele ia passar o Natal com a família dele e provavelmente nao voltaria. Resolvi tomar uma atitude e sabendo que ele estaria sozinho em casa fui devolver o cd do Ozzy dele que estava comigo e pegar meu livro de volta.O plano era começar com um papinho vc vai viajar e nao volta né, blablabla tascar um beijo nele! Plano em ação:
Toquei a campainha ele atendeu, mas estava no telefone com o pai dele, eu fiquei encostada na parede cutucandoo freneticamente uma picada de mosquito que tinha no braço até ele desligar o telefone:
- Oi eu vim devolver seu cd do Ozzy....então, vc vai pra Minas né? Mas vc...
- Eu acho que vc está sangrando
- Hã?
E quando eu olho tinha uma poça de sangue na parede que tinha sido causada pela minha cutucação frenética, ele pegou um pano e limpou, e pegou um band aid também.
- Ah obrigada, e valeu pelo cd também....então.....boa viagem - Amarelei mesmo e estava desesperada pra sair correndo pela porta.
- Sabia que você é a garota mais linda que eu já conheci - Juro mesmo que ele usou essa cantadinha
- Ah....vc também é um cara legal - Sempre fiquei desconcertada com alguém me cantando - Então...é melhor eu ir...porque...sabe né?
Ele estava abrindo a porta, parou no meio do caminho, olhou para mim, meu coração parecia que ia sair pela boca, fechou a porta e me beijou, por muitos e muitos anos aquele foi o melhor beijo que tive, juro que foi o mais romantico. Eu sai meio que cambaleando e sorrindo que nem uma idiota.
Nos dias que se seguiram nao conseguimos nos ver, ele desistiu da viagem pra Minas e minha mae ser iluminado, descobriu que tinha alguma coisa rolando, e prontamente me colocou de castigo! Porque desde o primeirto instante que tinha visto o garoto ela nao gostou dele e a ideia de que eu passa ter gostado dele era o suficiente pra me deixar de castigo sem sair de casa. Meu pai então nem se fala, tive um discussao com ele e pra variar a pressao dele subiu e ele ficou internado uns dias no hospital, foi mais ou menos por essa época que eu descobri que nao valia a pena discutir com o meu pai.
Fiquei trancada em casa, começamos a nos conversar por cartas, eu descia pra levar o lixo e no meio do caminho deixava uma carta embaixo do tapete dele, quando ele chegava do serviço respondia e colocava embaixo do meu tapete e assim foi por semanas.Ás vezes ele tocava Angel do Hendrix bem alto pra eu ouvir nos andares de cima, era bem romantico. No livro o cara toca um violino pra mocinha e eles escondem as cartas também, tudo a ver.
Mas, as coisas começaram a piorar em casa e eu resolvi dar um basta, fazia uns dois meses que eu nao o via e conversavamos apenas por cartas, o pai dele estava doente em Minas e se eu levantasse a voz pro meu pai ele quase tinha um ataque cardíaco, nao valia a pena.Terminei com ele.Foi dificil, doeu pra caramba, mas pareceu ser a coisa certa.
Ele começou a ficar com uma vadiazinha qualquer e lógico que aquilo me irritou profundamente, mas todo mundo sabia que a gente se gostava, eu liberada do castigo passava indignada na frente dele e nem o cumprimentava, ele tentava falar comigo, mandava recados por amigos, mas eu nem me interessava em saber, ele não estava com a vadiazinha? que ficasse com ela. Uns tres meses se passaram e ele terminou com ela, e fiquei sabendo que ele ia mesmo pra Minas....fme senti um tanto quanto angustiada, mas nao tomei coragem de falar com ele, ia adiantar o que? Até que tres dias antes de ir embora ele apareceu na minha porta:
- Eu vou voltar pra Minas.
- Eu soube...
- Eu preciso voltar....mas.....se você.....eu ficaria por você, se você quisesse...
- Não quero, é melhor você voltar.
Não preciso nem falar que eu fechei a porta e chorei loucamente. O tempo passou, eu nao tive mais notícias dele e eu achava que estava tudo bem, quando, cerca de um ano depois ele me mandou uma carta, dizendo qua não parava de pensar em mim, que foi um idiota, que só ficou com a vadiazinha porque nao queria ficar sozinho.Conversamos por cartas durantes meses, até que adivinha quem descobriu? Pois justamente, minha adoravel mae, e com um chantagem emocional fudida que ele sempre soube fazer muito bem (mãe chorando ninguem aguenta) escrevi uma carta pedindo que ele sumisse da minha vida. Fim da história?
Na verdade não, 8 meses depois ouvi da boca de dona Irene que em outubro ele viria a SP, minhas pernas tremeram na hora, eu já estava no meu primeiro emprego, no primeiro ano da Faculdade, contei os dias pra que ele chegasse, e quando ele chegou, tudo que eu sentia por ele voltou em um segundo, ele estava fazendo faculdade também e estava namorando, olha só que beleza! Depois de me indagar o porque de tudo, que ele nao entendeu, que ele nunca sentiu por alguem o que ele sente por mim, depois de falar e falar e concluir que a situação ainda era a mesma, apesar dele ter dito que voltaria a SP por mim, que largaria a tal namorada se eu dissesse que queria ficar com ele, eu disse nao de novo. Porque não tinha como lutar contra a vontade dos meus pais, minha mae com a chantagem e meu pai internado toda vez que eu discutia com ele por causa de um cara? Nao parecia valer a pena, e ele foi embora de novo, mas dessa vez nao voltou mais.
Pra tirar ele da cabeça comecei a namorar com um cara que eu nao gostava, mas meus pais aprovavam, e ele acabou sendo a pior coisa que já aconteceu na minha vida! Soube que o mancebo acabou ficando noivo da namorada que tinha um nome estranho. Voltando no tempo eu teria feito tudo do mesmo jeito,só nao teria namorado quem namorei, teria talvez dados umas escapadas mais espertas para me aproveitar do mancebo, proque no final das contas tivemos apenas um beijo e nada mais.
Faria tudo igual porque na época nao valia mesmo a pena enfrentar meus pais, e eu sai forte desta história toda, hoje há outro mancebo na minha vida, que eu nao troco por nenhum outro, meus pais odeiam a situação do mesmo jeito, meu pai nem quer conhece-lo, mas eu aprendi a lidar com isso e meu pai vai pro hospital com menos frequencia agora. E eu tenho uma hiostoria bonitinha pra contar para os meus netos, ou o neto dos outro caso eu nao tenha netos. Happy end!
eu ainda não li todo o post...mas ja tem coisa errada nele: primeiro...o gael garcia bernal não faz esse filme... segundo... naõ foi no terra q eu o vi... foi no tim...terceiro.,...ele ( o mocinho...) não respeito dodas as convenções de bom moço no livro)
ResponderExcluircomo eu disse ainda nao tinha chegado nessa parte muito obrigada por estragar a minha leitura ¬¬...e nao é q nao era o Gracia BErnal mesmo? MAs o Javier Bardem tb é bonitao rs e grande bosta q foi no Tim festival e nao no terra, a parte de q vc estava mucho loka ainda tah valendo rs
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