Não tá facil ser mulher hoje em dia. Nunca foi acho, mas ultimamente tudo que eu olho que é direcionado ao público feminino é tão fútil, tosco e superficial. Eu acho que falo pela maioria quando digo que não somos assim!
Outro dia peguei uma revista aqui na escola, acho que era Vogue, Marie Claire, ou algo do gênero, a Zooey Deschanel estava na capa e de acordo com uma revista tinha uma entrevista com ela. 400 páginas de propaganda depois, fora 3 ou quatro dietas novas para secar a barriga, para ficar gostosa no verão e matérias do tipo "como ganhar aquele bofe em 3 passos" "como se vestir como uma mulher bem sucedida" "como enlouquece-lo na cama" "ele te deu o fora: entenda o pq e nao cometa o mesmo erro de novo" eu cheguei na tal entrevista que eu queria ler e adivinha? Uma sessão de fotos fazendo propaganda das roupas que a Zooey estava vestindo e umas perguntas babacas do tipo "O que você faz para manter a forma?" perdi uns 20 minutos da minha vida e fiquei pensando " Mas quem diabos paga 30 reais pra ler isso?" (pq era a versao americana) Mas as revistas nacionais nao ficam atras nao, é uma formula, vc vai até a banca procurar revistas para o público feminino basciamente a capa das revistas falam de dieta, como achar o prícipe encantado, supertendecias de moda e entrevistas superficiais com pessoas interessantes.
Eu como mulher fico ofendida por pensar que uma editora pense que dieta, bofe e roupa é tudo o que eu preciso saber da vida.Mas analise seu facebook comigo, com ctz vc tem a fulana ou a beltrana (se bem q hj em dia tá grande esse grupo) que só posta coisas de dieta, fotos na academia, e pessoalmente só fala disto também e fica nessa luta constante com o espelho, e em achar um namorado, "ai como é dificil ser solteira" "eu preciso emagrecer pra entrar naquele biquini pq o verão tá chegando" " ai se eu emagrecer eu pego um cara q nem o fulano x gostosão do filme x que foi a maior bilheteria do ano" (de verdade eu já ouvi essas frases).
Darling, seu problema não é ser gorda, magra, alta, baixa, morena, loira, nariguda, etc. Seu problema é insegurança, falta autoestima. Jogando alto aqui eu diria que há muito mais mulheres com problemas de autoestima do que homens com problemas de autoestima, certeza que tem um estudo sociopsicoamazing sobre isso mas e a preguiça de ir atras? Mulheres são criadas ouvindo que são lindas, princesas, mulheres querem ser lindas, querem ser vaidosas, as que não são isso, são consideradas estranhas.
Eu não cresci assim, meu pai não me chamava de princesa, nem minha mãe, eles diziam que eu era linda, mas uma pessoa linda, pelas atitudes que eu tinha, acho que o elogio mais frequente que eu ouvia dos meus pais é que eu era inteligente e esperta, e eu sempre me senti bem com isso. Quando no colégio eu dormia de uniforme e ia pra escola com a camisa xadrez do meu pai e sem pentear o cabelo minha mãe nao dizia "ai isso não é coisa de moça, passa um batom", eu me sentia bem e isso pra ela era suficiente. Mas que tinha colegas lindissimas que se achavam gordas, feias, do cabelo ruim e sei lá eu mais o que. Por esse motivo nunca tive muitas amigAs e sim amigOs porque os meninos não tinham essas frescura e eu não tinha paciência para ficar me olhando no espelho e achando meus defeitos.
Eu sempre vi minha mãe como uma mulher independente, meus pais sao casados e são uma casal feliz, mas a visão que eu tenho da minha mãe é que ela está muito bem obrigada, ela cuidou da família, trabalhou fora, cuidou de si mesma e nunca pediu ajuda pra ninguém. A mesma coisa as minhas avós e a minha tia. Sempre tive figuras femininas fortes e independentes na família.
E é isso que eu acredito que eu sou, inteligente, forte e independente. Depois de muito tempo fiquei mais vaidosa, o que foi bom eu acho, mas eu nao preciso estar linda para me sentir bem e segura. O que quero dizer é que, autoestima não é apenas físico, não é apenas se achar bonita, é muito mais que isso, é o que você pensa de você mesma. Então se você não se sente capaz não há dieta, academia, namorado ou etc que vá fazer com que você se sinta bem. Não é o espelho que importa é o que você tem a oferecer.
Por isso me chateia pegar uma revista feminina e ver todas essas coisas fúteis, porque eu sou mulher e não sou assim, eu não me preocupo em fazer dieta pra entrar no biquini, não me preocupo em usar uma roupa da marca X para mostrar q eu sou poderosa, não acho que se um cara terminou comigo é porque tem alguma coisa de errado comigo, as coisas não dão certo gente e fim, não fico em casa sonhando com um marido, não quero que outras mulheres tenham inveja de mim, e eu gosto de pensar que a maioria das mulheres concorda mais comigo do que com essas revistas (pelo menos as que me cercam).
Então queria dar uma dica para vocês mulheres que se encaixam na categoria Marie Clarie, Claudia, Vogue, Capricho, Gloss da vida: Pega 10% de todo esse esforço que você coloca em mudar seu exterior, em arrumar tudo que tem de "errado" com você fisicamente e foca em coisas produtivas que vão te fazer bem por dentro, quem sabe depois disso você não encontra essa mulher linda no espelho que todo mundo vê menos você.
Whatever
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Crescer
A gente cresce, parece óbvio natural e saudável. Mas não é. As coisas mudam e isso não é bom, não é bom porque você só percebe quando elas mudam. Um dia você acorda e não usa mais aquele all star velho e furado que manchava as suas meias e aquele uniforme manchado. Você usa uma sapatilha e penteia o cabelo para ir ao serviço. Você não está mais sentada na sala desenhando no seu caderno, ou passando bilhetinhos na aula. Você está de pé diante de 30 alunos tentando fazer com que eles percebam que Inglês é importante, que não é hora de mandar bilhetinhos, de paquerar, de fofocar, não é hora, é hora da aula. " Eu não era assim". Mentira, eu mandava mais bilhetinhos e rasbicava mais no meu caderno do que todo mundo, ironia ter virado professora.
Mas era a hora, era a hora de aproveitar todas as tardes com os amigos, de se divertir, de ler, de não se preocupar, de nunca pentear o cabelo, de usar sempre a mesma roupa, de pintar o cabelo de verde. Era a hora de fazer tudo isso, menos de prestar atenção na aula. Depois você passa o resto da vida se preocupando, com tudo, e um dia você percebe, percebe que cresceu e que nao queria ter crescido, e que isso é inevitável.E vc devia ter mandado mais bilhetes, lido mais livros, dormido mais a tarde, tirado mais fotos, ter usado mais all star e penteado menos o cabelo. Mas não importa o quanto vc faça, nunca será suficiente, porque as coisas boas da vida sempre passam num piscar de olhos e de repente você se torna alguém que sabe demais pra ser tão jovem.
Mas era a hora, era a hora de aproveitar todas as tardes com os amigos, de se divertir, de ler, de não se preocupar, de nunca pentear o cabelo, de usar sempre a mesma roupa, de pintar o cabelo de verde. Era a hora de fazer tudo isso, menos de prestar atenção na aula. Depois você passa o resto da vida se preocupando, com tudo, e um dia você percebe, percebe que cresceu e que nao queria ter crescido, e que isso é inevitável.E vc devia ter mandado mais bilhetes, lido mais livros, dormido mais a tarde, tirado mais fotos, ter usado mais all star e penteado menos o cabelo. Mas não importa o quanto vc faça, nunca será suficiente, porque as coisas boas da vida sempre passam num piscar de olhos e de repente você se torna alguém que sabe demais pra ser tão jovem.
domingo, 5 de junho de 2011
Sobre o Amor
É pura crueldade. Você baixa a guarda e se apaixona, contra toda a lógica vc baixa a guarda e dá uma chance ao acaso, ignorando que as chances de um relacionamento novo dar certo devem ser de 1 em 4847297492, porque se vc lembrasse disso provavelmente teria recusado aquele convite pra sair e teria saido com seus amigos que sempre te fazem rir e não precisam te ver de maquiagem.
Até ae ok, as coisas começam a dar certo, e vc acha que esta tudo bem, tudo lindo. Mas nao está, um dois dois vai ter problemas, a ex que nao sai da cabeça, o medo de se relacionar, o santo que nao bateu, a vontade de sair com os amigos no sábado a noite. E geralmente no primeiro vacilo as coisas que começaram tão bem, foram tão contra a regra geral de que relacionamentos tem que acabar, acabam. Você sentiu que isso ia acontecer, as ligações frequentes pararam, as msgs de texto, as conversas pela alta madrugada. Tudo isso foi mudando, foi cessando, e vc ao invés de aceitar que estava tudo acabado, humano que é, tentou. Se declarou, deu outra chance, chorou escondido no travesseiro, chorou no ombro de um amigo, tudo em vão.
A regra estava lá para cumprir o seu papel, e de novo aquela pessoa que vc achou q poderia ser a exceção a regra, o seu porto seguro, ou só alguem bacana na sua vida, se mostrou ser apenas mais um. Mais um que entrou na sua vida, ficou um tempo, te deixou em pedaços e seguiu em frente. Porque é isso que fazemos no final das contas, as pessoas bem resolvidas pelo menos, seguem em frente. Aceitam mais uma derrota com a cabeça erguida e seguem em frente.
Prometemos nao nos envolver mais, prometemos ser a última vez, generalizamos "homens nao prestam", "mulheres são todas iguais", "ninguém está a fim de compromisso hoje em dia", acreditamos que as pessoas se encaixam em rótulos e seguimos felizes, ou não, até que alguém se destaca na multidão e tudo começa de novo. Vc sabia que nao devia ter aceitado aquele convite pra jantar, mas as coisas ficaram tão bem nao ficaram? Até que um tempo depois, semanas, meses, ou anos, vc está se fazendo a mesma pergunta "onde foi que eu errei?", ou, "como isso aconteceu?", "pq fui me meter nessa de novo?".
A grande verdade é que somos um bando de idiotas querendo ser amados, mas muitas vezes nao estamos dispostos a amar alguém, e no primeiro obstáculo pulamos fora (me incluo nessa, claro). É um ciclo vicioso que parece ser impossível de quebrar. Fantasiamos tudo e achamos que isso é natural,querer te a vida como se fosse um filme, acreditamos que é só um caminho longo até achar o "principe encantado", mas a verdade, a pura verdade é que um principe encantado é tão real quanto unicórnios. E esta é jornada que seguimos, do alto de uma torre esperando que um dia alguém venha nos resgatar para uma vida melhor.Na real, eu acho bem mais produtivo assinar uma TV a cabo na torre e assistir um filme romantico, pq ali vc descobre o que é o amor de verdade, pessoas complicadas com um script pra seguir e em 90 min. um final feliz.
Até ae ok, as coisas começam a dar certo, e vc acha que esta tudo bem, tudo lindo. Mas nao está, um dois dois vai ter problemas, a ex que nao sai da cabeça, o medo de se relacionar, o santo que nao bateu, a vontade de sair com os amigos no sábado a noite. E geralmente no primeiro vacilo as coisas que começaram tão bem, foram tão contra a regra geral de que relacionamentos tem que acabar, acabam. Você sentiu que isso ia acontecer, as ligações frequentes pararam, as msgs de texto, as conversas pela alta madrugada. Tudo isso foi mudando, foi cessando, e vc ao invés de aceitar que estava tudo acabado, humano que é, tentou. Se declarou, deu outra chance, chorou escondido no travesseiro, chorou no ombro de um amigo, tudo em vão.
A regra estava lá para cumprir o seu papel, e de novo aquela pessoa que vc achou q poderia ser a exceção a regra, o seu porto seguro, ou só alguem bacana na sua vida, se mostrou ser apenas mais um. Mais um que entrou na sua vida, ficou um tempo, te deixou em pedaços e seguiu em frente. Porque é isso que fazemos no final das contas, as pessoas bem resolvidas pelo menos, seguem em frente. Aceitam mais uma derrota com a cabeça erguida e seguem em frente.
Prometemos nao nos envolver mais, prometemos ser a última vez, generalizamos "homens nao prestam", "mulheres são todas iguais", "ninguém está a fim de compromisso hoje em dia", acreditamos que as pessoas se encaixam em rótulos e seguimos felizes, ou não, até que alguém se destaca na multidão e tudo começa de novo. Vc sabia que nao devia ter aceitado aquele convite pra jantar, mas as coisas ficaram tão bem nao ficaram? Até que um tempo depois, semanas, meses, ou anos, vc está se fazendo a mesma pergunta "onde foi que eu errei?", ou, "como isso aconteceu?", "pq fui me meter nessa de novo?".
A grande verdade é que somos um bando de idiotas querendo ser amados, mas muitas vezes nao estamos dispostos a amar alguém, e no primeiro obstáculo pulamos fora (me incluo nessa, claro). É um ciclo vicioso que parece ser impossível de quebrar. Fantasiamos tudo e achamos que isso é natural,querer te a vida como se fosse um filme, acreditamos que é só um caminho longo até achar o "principe encantado", mas a verdade, a pura verdade é que um principe encantado é tão real quanto unicórnios. E esta é jornada que seguimos, do alto de uma torre esperando que um dia alguém venha nos resgatar para uma vida melhor.Na real, eu acho bem mais produtivo assinar uma TV a cabo na torre e assistir um filme romantico, pq ali vc descobre o que é o amor de verdade, pessoas complicadas com um script pra seguir e em 90 min. um final feliz.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Memória
Raiva é saudades, queria não saber disso. É vontade de voltar no tempo e fazer tudo certo de novo, queria nao saber que não amamos só aquilo que vemos. O amor ás vezes fica escondido, camuflado dentro de nós, com uma falsa indiferença, como uma raiva fingida, um ódio que arde intensamente pro lado oposto.
A gente pensa que esquece, mas nao esquece. Tem coisas que nao vão embora nunca, e quanto menos falarmos delas, mais elas ficam com a gente."Amar o perdido deixa confundido este coração", já dizia Drummond. Seguir em frente é algo bom, mas a gente nao faz isso da noite pro dia, faz? Não dá pra esquecer em dias o que vivemos em anos. Por mais divertido, eufórico e excitante que seja o que estamos vivendo agora, aquela nostalgia esta sempre lá presente, nos lembrando de nossos medos, de hábitos antigos, feridas que nunca fecham.
E o novo, aquela coisa excitante, eufórica e divertida nao parece ter sentido, parece minusculo diante de tudo aquilo que já passou, e aquilo que passou...foi mesmo? Melhor nao pensar nisso, melhor negar e dizer que é coisa do passado e nunca mais falar disso!
Negação é um mecanismo forte, posso me enganar e dizer que nao é bem assim, que o que passou passou e lá ficou. Mas na verdade, nao passou, esta comigo , pulsa dentro de mim diariamente, é o motivo desse medo infundado, desse 6 sentido que detecta tudo, desse medo de ser feliz que me impede de dormir a noite. Sim, medo de ser feliz, a gente acostuma com tudo na vida, até com aquilo que faz mal. Me acostumei assim, medrosa, e quando penso que tenho coragem, me vejo aqui, em cima do muro, sem coragem de pular pra lado nenhum.
A gente pensa que esquece, mas nao esquece. Tem coisas que nao vão embora nunca, e quanto menos falarmos delas, mais elas ficam com a gente."Amar o perdido deixa confundido este coração", já dizia Drummond. Seguir em frente é algo bom, mas a gente nao faz isso da noite pro dia, faz? Não dá pra esquecer em dias o que vivemos em anos. Por mais divertido, eufórico e excitante que seja o que estamos vivendo agora, aquela nostalgia esta sempre lá presente, nos lembrando de nossos medos, de hábitos antigos, feridas que nunca fecham.
E o novo, aquela coisa excitante, eufórica e divertida nao parece ter sentido, parece minusculo diante de tudo aquilo que já passou, e aquilo que passou...foi mesmo? Melhor nao pensar nisso, melhor negar e dizer que é coisa do passado e nunca mais falar disso!
Negação é um mecanismo forte, posso me enganar e dizer que nao é bem assim, que o que passou passou e lá ficou. Mas na verdade, nao passou, esta comigo , pulsa dentro de mim diariamente, é o motivo desse medo infundado, desse 6 sentido que detecta tudo, desse medo de ser feliz que me impede de dormir a noite. Sim, medo de ser feliz, a gente acostuma com tudo na vida, até com aquilo que faz mal. Me acostumei assim, medrosa, e quando penso que tenho coragem, me vejo aqui, em cima do muro, sem coragem de pular pra lado nenhum.
sábado, 7 de maio de 2011
Pão com manteiga
Eles resolveram tomar café da manhã na cafeteria, ao ar livre. O sol estva no alto, mas não estava forte. Ela sempre foi viciada em café e ele estava com fome. Pediram pão com manteiga e café. Ela nao tinha esse costume de comer de manhã, ainda mais pão com manteiga, que tem esse sabor de infância, de casa de vó. Mas sempre que tomavam café da manhã juntos ela comia pão com manteiga e dizia:
- Nossa, faz muito tempo que não como pão manteiga.
- Você sempre diz isso.
- E vc sempre diz que e digo isso, então estamos quites. É nossa rotina sabe?
- Qual?
- Essa, de comer sempre pão com manteiga, e tomar sempre café, e vc nunca querer acordar...preguiçoso!
- Isso, e vc sempre reclamar da sua falta de cafeína no corpo.
- Isso, essa é a nossa rotina. Pão com manteiga, assunto repetitivo e café.
- Falando desse jeito parece ruim.
- Não é não, estou me divertindo e vc?
-Também...eu gosto de vc, sabe?
- Eu também seu bobo.
- Sabe, eu acho que a gente pode dar certo, sei lá.
-Eu tb acho, a gente é muito diferente mas...acho q dá certo sim.
- Vc que é dramática!
- Sou nada, vc que é muito sossegado, seu hippie rs.
- Eu posso me acostumar com seu drama.
- Talvez eu me acostume com esse seu jeito "relax"de ser
Ela disse o que sentia, coisa que não era comum para ela, nem sentir nem falar sobre isso. Ele disse o que sentia, coisa que era comum para ele, sentir, dizer e sentir de novo. Ela sabia que ele a fazia feliz, que de certa forma era seu complemento, que de certa forma era exatamente o seu oposto. Ela toda acelerada, sempre fazendo alguma coisa, sempre pensando em algo, trabalhando muito, saindo demais, falando demais. E ele era calmo, nao se preocupava com prazos, tempo, dias, todas essas coisas que nos limitam, que nos prendem, ele nao e preocupava com isso, vivia no seu próprio ritmo, sensível a tudo.
Mas algo estava errado, ela não sabia o que exatamente só sabia que havia algo de muito errado, então ela fugiu, tentou voltar depois, mas já era tarde demais, ela fugiu dele, da sua calma, dos seus sentimentos, do seu oposto que lhe fazia tão bem. Ela seguiu em frente, fingindo que não sentia, fingindo que não se importa, até que se acostumou. Teve outros cafés da manhã, mas nunca mais comer pão com manteiga foi a mesma coisa.
- Nossa, faz muito tempo que não como pão manteiga.
- Você sempre diz isso.
- E vc sempre diz que e digo isso, então estamos quites. É nossa rotina sabe?
- Qual?
- Essa, de comer sempre pão com manteiga, e tomar sempre café, e vc nunca querer acordar...preguiçoso!
- Isso, e vc sempre reclamar da sua falta de cafeína no corpo.
- Isso, essa é a nossa rotina. Pão com manteiga, assunto repetitivo e café.
- Falando desse jeito parece ruim.
- Não é não, estou me divertindo e vc?
-Também...eu gosto de vc, sabe?
- Eu também seu bobo.
- Sabe, eu acho que a gente pode dar certo, sei lá.
-Eu tb acho, a gente é muito diferente mas...acho q dá certo sim.
- Vc que é dramática!
- Sou nada, vc que é muito sossegado, seu hippie rs.
- Eu posso me acostumar com seu drama.
- Talvez eu me acostume com esse seu jeito "relax"de ser
Ela disse o que sentia, coisa que não era comum para ela, nem sentir nem falar sobre isso. Ele disse o que sentia, coisa que era comum para ele, sentir, dizer e sentir de novo. Ela sabia que ele a fazia feliz, que de certa forma era seu complemento, que de certa forma era exatamente o seu oposto. Ela toda acelerada, sempre fazendo alguma coisa, sempre pensando em algo, trabalhando muito, saindo demais, falando demais. E ele era calmo, nao se preocupava com prazos, tempo, dias, todas essas coisas que nos limitam, que nos prendem, ele nao e preocupava com isso, vivia no seu próprio ritmo, sensível a tudo.
Mas algo estava errado, ela não sabia o que exatamente só sabia que havia algo de muito errado, então ela fugiu, tentou voltar depois, mas já era tarde demais, ela fugiu dele, da sua calma, dos seus sentimentos, do seu oposto que lhe fazia tão bem. Ela seguiu em frente, fingindo que não sentia, fingindo que não se importa, até que se acostumou. Teve outros cafés da manhã, mas nunca mais comer pão com manteiga foi a mesma coisa.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Sabotagem
É aquele momento em que as coisas estão perfeitas, aquela sensação de establidade que começou timida e foi crescendo devagar, passou despercebido até qe se instalou. Aquele sossego de confiar em alguém, de se sentir parte de algo importante e quem sabe duradouro.Aqueles suspiros e o coração aelerado, o suor frio, a ansiedade, o contar os dias no caledário e as horas no relógio, aquele sentimeto explodindo no peito. Aquela vontade de sair catando pelas ruas com passinhos de danças ridiculos, vontade de gritar ao mundo que vc achou o que estava procurando.
É nste momento que eu me saboto. Neste momento que sinto aquela vontade incontrolável de começar a fugir na direção oposta procurando um lugar pra ficar sozinha, em um canto só meu, longe de tudo que possa mudar o que sou, tanto pra melhor quanto pra pior. Invento um motivo absurdo, acabo com o conto de fadas e sigo em frente querendo areditar que foi melhor assim.
De certa forma foi, gosto do que sou hoje. Pastei muito pra ser o que sou e conquistei minha liberdade quase que com sangue. Perdi muito pra ter o que tenho hj, e não quero me perder. Assim que me sinto "ameaçada", quando sinto que minha liberdade de não sentir está em jogo, eu saboto, eu corro, eu machuco, eu engano. Depois e ouço umas musicas tristes, seco as lágrimas e sigo e frente, cabeça erguida e peito fechado.
Sei que pode parecer insensível, covarde, problemático e solitário....é de fato tudo isso! Posso parecer nao ter coração, mas a verdade é que sinto demais, e não posso por meu coração na linha de batalha. Ele está todo furado, remendado, entupido,sangrou demais nessa vida. Aguentou muita coisa, passou por muitas batalhas, perdeu varias, ganhou poucas, mas sobreviveu. Ele ainda pulsa, ainda despeja animo pelas minhas veias, mas ele bate em outro ritmo.
Um ritmo mais cético, mais cansado, mais endurecido. Ele ainda está bom pra batalha, mas ficou esperto e aprendeu que recuar também é esratégia. Que não são todas as batalhas que valem a pena, e que no final de uma guerra não há vencedores, que há certas cicatrizes que podem ser evitadas e que cautela pode ser a chave de tudo.
Eu saboto sim, por medo, por amor próprio, por covardia, escolha seu motivo e pode me apedrejar se quiser! Me chame de imatura, e de o diabo! Mas a verdade é que não to podendo entrar em batalha nenhuma sem ter q certeza a vitória.
É nste momento que eu me saboto. Neste momento que sinto aquela vontade incontrolável de começar a fugir na direção oposta procurando um lugar pra ficar sozinha, em um canto só meu, longe de tudo que possa mudar o que sou, tanto pra melhor quanto pra pior. Invento um motivo absurdo, acabo com o conto de fadas e sigo em frente querendo areditar que foi melhor assim.
De certa forma foi, gosto do que sou hoje. Pastei muito pra ser o que sou e conquistei minha liberdade quase que com sangue. Perdi muito pra ter o que tenho hj, e não quero me perder. Assim que me sinto "ameaçada", quando sinto que minha liberdade de não sentir está em jogo, eu saboto, eu corro, eu machuco, eu engano. Depois e ouço umas musicas tristes, seco as lágrimas e sigo e frente, cabeça erguida e peito fechado.
Sei que pode parecer insensível, covarde, problemático e solitário....é de fato tudo isso! Posso parecer nao ter coração, mas a verdade é que sinto demais, e não posso por meu coração na linha de batalha. Ele está todo furado, remendado, entupido,sangrou demais nessa vida. Aguentou muita coisa, passou por muitas batalhas, perdeu varias, ganhou poucas, mas sobreviveu. Ele ainda pulsa, ainda despeja animo pelas minhas veias, mas ele bate em outro ritmo.
Um ritmo mais cético, mais cansado, mais endurecido. Ele ainda está bom pra batalha, mas ficou esperto e aprendeu que recuar também é esratégia. Que não são todas as batalhas que valem a pena, e que no final de uma guerra não há vencedores, que há certas cicatrizes que podem ser evitadas e que cautela pode ser a chave de tudo.
Eu saboto sim, por medo, por amor próprio, por covardia, escolha seu motivo e pode me apedrejar se quiser! Me chame de imatura, e de o diabo! Mas a verdade é que não to podendo entrar em batalha nenhuma sem ter q certeza a vitória.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Poderia......
Poderia ter sido a minha história sem fim. Podia ter sido meu final feliz, daqueles que a gente vê em livros. Em que tem aquela personagem que só se dá mal, só entra em cilada e só faz merda, que o livro todo você acreditou que ia ter aquele final triste, mas de repente o príncipe surgiu e ela se identifcou como a dona do sapatinho de cristal. Podia ter sido essa a minha história.
Podia ter sido aquele café da manhã especial, aquele momento cotidiano e banal em que vc percebe o quanto precisa daquela outra pessoa. Podia ter sido aquela surpresa que vc nao esperava e que fez a sua semana boa. Podia ter sido aquela conversa em q vc disse coisas que não contou pra ninguém jamais, em que vc ouviu coisas que jamais sonhou ouvir. Podia ter sido aquela frase especial que só vc me disse e mais ninguém.
Podia ter sido aquele olhar cheio de significado, aquele abraço de saudades em silêncio, aquela ternura de quem repara nos detalhes. Podia ter sido aquele sentimento que cresce até não ter mais espaço, aquela saudade instantanea que eu tenho de vc assim que nos despedimos.
Poderiam ter sidos os últimos planos que eu fiz em par com alguém na vida. A última vez que senti aquele frio na barriga de começar algo novo. Poderia ser a certeza de que vc sempre estaria ali, a certeza de q vc sente o mesmo. Poderia ser aquela confiança que eu nunca tive em ninguém, e as promessas que sempre me fizeram mas eu nunca retribui .Poderia ter construido um mundo com vc que nunca quis ter antes. Poderia ter te amado, ter enfrentado tudo e todos por vc e com vc.
Poderia ter tirado os pés do chão e me entregado completamente.Tanta coisa,viagens, tantas risadas, tantos cafés da manhã. Você poderia ter me mudado completamente, poderia ter me feito alguém melhor, alguém mais humano. Poderia ter me acostumado com a estabilidade e com seu jeito calmo tão contrastante com o meu. Poderia ter me acostumado com o seu jeito e rir disso um dia. Poderia ter vivido tanta coisa com vc, tanta que dói só de pensar.
Poderia ter sido tanta coisa! Tudo menos isso, menos essa covardia, menos esse jeito de me ferir nao ferindo que só você tem. Esse lance de idade deixa a gente mais sábio, e uma coisa da sabedoria é aceitar a hora de partir e seguir em frente, felizmente ninguém sabe fazer isso melhor que eu.
Podia ter sido aquele café da manhã especial, aquele momento cotidiano e banal em que vc percebe o quanto precisa daquela outra pessoa. Podia ter sido aquela surpresa que vc nao esperava e que fez a sua semana boa. Podia ter sido aquela conversa em q vc disse coisas que não contou pra ninguém jamais, em que vc ouviu coisas que jamais sonhou ouvir. Podia ter sido aquela frase especial que só vc me disse e mais ninguém.
Podia ter sido aquele olhar cheio de significado, aquele abraço de saudades em silêncio, aquela ternura de quem repara nos detalhes. Podia ter sido aquele sentimento que cresce até não ter mais espaço, aquela saudade instantanea que eu tenho de vc assim que nos despedimos.
Poderiam ter sidos os últimos planos que eu fiz em par com alguém na vida. A última vez que senti aquele frio na barriga de começar algo novo. Poderia ser a certeza de que vc sempre estaria ali, a certeza de q vc sente o mesmo. Poderia ser aquela confiança que eu nunca tive em ninguém, e as promessas que sempre me fizeram mas eu nunca retribui .Poderia ter construido um mundo com vc que nunca quis ter antes. Poderia ter te amado, ter enfrentado tudo e todos por vc e com vc.
Poderia ter tirado os pés do chão e me entregado completamente.Tanta coisa,viagens, tantas risadas, tantos cafés da manhã. Você poderia ter me mudado completamente, poderia ter me feito alguém melhor, alguém mais humano. Poderia ter me acostumado com a estabilidade e com seu jeito calmo tão contrastante com o meu. Poderia ter me acostumado com o seu jeito e rir disso um dia. Poderia ter vivido tanta coisa com vc, tanta que dói só de pensar.
Poderia ter sido tanta coisa! Tudo menos isso, menos essa covardia, menos esse jeito de me ferir nao ferindo que só você tem. Esse lance de idade deixa a gente mais sábio, e uma coisa da sabedoria é aceitar a hora de partir e seguir em frente, felizmente ninguém sabe fazer isso melhor que eu.
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